30 de novembro de 2014

Uma singela homenagem ao “Rei do humor”


É difícil ter que dizer adeus para as coisas que marcaram a nossa vida. O legendário comediante mexicano Roberto Gómez Bolaños nos deixou aos 85 anos. Os lamentos nas redes sociais, sobre aquele pequeno grande homem que com sua trupe fez  adultos e crianças de diversas gerações rirem ao entrarem todos os dias em nossas casas. “Tinha que ser o Chaves mesmo!”, para causar tamanha comoção.

                                                        roberto bolanos em visita com ratinho
Nascido em 21 de fevereiro de 1929 na Cidade do México, Bolaños sonhava ser jogador de futebol. “Isso, isso, isso!” Ele era amante do esporte que sempre esteve presente em inúmeros episódios de “Chaves”, “Chapolin” e outras séries. Bolaños chegou, inclusive, a escrever e estrelar um filme no qual interpreta um roupeiro do América, time mais popular de todo o México que tinha paixão. Ele era fã número um de Pelé. O Rei do futebol insistiu que Roberto deveria produzir um filme do Chaves, mas o comediante foi firme: “Chaves é de televisão”. Bolaños não tinha habilidade suficiente para ser jogador de futebol. Resolveu, então, incorporar o esporte bretão em seu humor.

“Minha experiência como jogador de futebol nunca foi compreendida pelos torcedores ou pelos meus companheiros de time. Sempre me pareceu mais interessante marcar um gol contra do que um a favor. Um gol, se não for marcado por Pelé, Didi ou Garrincha, é algo evidentemente vulgar e mal educado com o goleiro adversário, quem eu não conheço e nada fez contra mim. Enquanto um gol contra é um gesto de indepêndencia”, brincou o ator em seu livro de memórias.

Bolaños se destacou em torneios escolares de boxe, que disputava escondido da mãe. Aos 22 anos, começou a estudar engenharia mas se aventurou a escrever anúncios em uma agência de publicidade e logo estreou como roteirista em programas de rádio, televisão e cinema que ganharam fama.

                               chapolin-chaves-dr-chapatin
Vestido de macacão vermelho e short amarelo, o ‘Chapolin Colorado’, um de seus personagens mais famosos, foi uma espécie de super-herói atrapalhado. “Mais ágil que uma tartaruga, mais forte que um rato, mais nobre que uma alface, seu escudo é um coração”, dizia uma voz, em off, para apresentar o personagem.

O comediante também deu vida ao pusilânime ‘Chómpiras’, um ladrãozinho sem talento, o ‘Doutor Chapatín’, que não gostava de ser lembrado que era velho, ou o maluco ‘Chaparrón Bonaparte’. Mas seu personagem mais celebrado foi ‘Chaves’, o melhor exemplo de inocência e da ingenuidade um menino órfão e pobre que vivia dentro de um barril, em uma vila suburbana.

Quem nunca quis ir a Acapulco? Ou ganhar uma bola quadrada como o Quico? Ou quem nunca aprendeu que “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”? Incrível foi a declaração do ator que viveu Seu Barriga comentando a morte do Chespirito: “De todas as pancadas que ele me deu, essa foi a que doeu mais.”, disse Edgar Vivar.

A muitos de nós, resta agradecer a este grande homem por nos ter permitido uma infância de tantos risos, sorrisos e aprendizados. A Festa da Boa Vizinhança não será mais a mesma a partir de agora na vila, mas nós perdoamos Bolanõs, pois sabemos que “foi sem querer querendo”. Prometemos despedirmos sem dizer “adeus” jamais, pois haveremos de nos reunirmos muitas, muitas vezes mais!

Click e vejam o Video do Chaves - Boa Noite Vizinhança (Completo em HD)

                     


Fonte: Conexão Esporte

Nenhum comentário:

Postar um comentário