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O "Brasil não aguenta mais esperar" por mudanças políticas. "Eu poderia esperar até 2018, mas acho que nosso país não aguenta esperar". Esse foi o tom levantado nesta segunda-feira (10) pelo governador Eduardo Campos, cotado como presidenciável do PSB, em palestra realizada na Associação Comercia de São Paulo. Eduardo levantou o mote com o qual os empresários e os próprios petistas estão preocupados, o que vem sendo observado nas pressões que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem recebendo para voltar a disputar a presidência."O arranjo político em Brasília já deu o que tinha que dar", repetiu, soltando mais uma vez indiretas para a relação turbulenta e considerada por ele como não programática entre o PT e o PMDB.
Segundo informações do Estado de São Paulo, Eduardo Campos falou em 2018 rechaçando a possilidade de adiar o projeto presidencial.Essa hipótese chegou a ser cogitada pelo próprio Lula logo quando Eduardo começou a se movimentar e foi sustentada por vários petistas durante meses. A possibilidade também foi levantada com a entrada de Marina Silva no PSB em outubro.
Sem citar detalhes, Eduardo Campos declarou que a atual gestão tomou decisões erradas que impediram o crescimento do Brasil a partir de 2011. "O mundo foi se organizando na pós-crise, os blocos foram se adaptando, uns com mais dificuldades e outros com menos", explicou. "Isso encurtou o espaço do Brasil (no cenário internacional), mas nós erramos em tomar muitas decisões", disse. "A forma acabou atrapalhando o conteúdo", acrescentou. "Para os agentes econômicos fica a impressão de que falta um olhar de longo prazo. Para onde estamos indo, o que vamos fazer?" indagou.
O discurso de Eduardo antecedeu em um dia a palestra que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fará para o mesmo segmento econômico.
Ainda em São Paulo, no mesmo evento, Eduardo disse estar preocupado com a eventual ausência da presidente Dilma Rousseff em debates durante a campanha eleitoral. Ele contou que soube da probabilidade por meio de relatos com veículos de comunicação. "(Vemos nas) pessoas do governo, que vão (às reuniões) representar sua excelência a presidente da República, uma posição clara de fugir de debate. O Brasil não pode admitir. A presidente, e nós todos a respeitamos enquanto presidente do nosso país, não tem direito de fugir de debate", declarou, sendo aplaudido pelos empresários presentes.
Fonte: Aline Moura - Diario de Pernambuco / Fotos: Internet
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